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Legado das Palavras: Na Estante - Resenha - Sangue Quente

Na Estante - Resenha - Sangue Quente

By | 12:22:00
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Salve, salve!
Quem aí já leu o livro Sangue Quente? Se já leu deixe o que achou nos comentários da postagem, se ainda não leu tá perdendo uma baita história e precisa ser convencido, aí vai uma resenha desta ótima obra.

A dica de leitura é obrigatória para os fãs de zumbis, pelo simples fato de nos apresentar uma nova visão - ainda que bem diferente - dos walkers. Uma história recheada de sangue, sentimentos, zumbis e muitas surpresas. Sangue Quente foi escrito pelo autor Isaac Marion, publicado no Brasil pela editora Leya, tem 256 páginas.

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Calma! Não se assuste, ou julgue o livro, literalmente, pela capa. Mas, sim, você tem o direito de ficar com o pé atrás. Assim como eu fiquei quando ouvi alguém falar pela primeira vez no livro e sobre sua história. Afinal, nem todos gostamos dos livros - ou filmes - da série Crepúsculo da autora Stephenie Meyer. Provavelmente tivemos a mesma reação ao ler o comentário dela sobre o livro Sangue Quente.  Mas digo que o susto á apenas inicial e superficial, e a história do livro não se assemelha em nada com Crepúsculo, talvez esteja sendo comparado devido ao romance supernatural da história. As semelhanças acabam bruscamente por aí. 

A trama se desenvolve num mundo pós-apocalíptico onde uma pandemia se alastrou transformando as pessoas em zumbis, o que ocasionou um caos em todo o planeta. A população da Terra foi quase totalmente exterminada, ou zumbizados transformados em zumbis. É preciso entender que os zumbis do universo criado por Isaac Marion diferem-se dos zumbis clássicos, tratam-se de corpos mortos, mas existem algumas exceções; algumas criaturas ainda são capazes de terem pensamentos, de certa forma coerentes, levando em conta seu novo estilo de vida, embora mesmo sob essa condição não são capazes de controlar a fome, tendo um desejo incontrolável por carne humana e, especialmente, por cérebros. A sacada mais legal de Marion foi colocar um ZUMBI como o protagonista, a narrativa em primeira pessoa aproxima o leitor do modo de vida levado pelo protagonista R, um homem recém transformado.

Apesar de R conseguir ter alguns pensamentos ele não consegue se lembrar dos fatos de sua outra vida (antes de ser transformado). R é um morto recente, o que faz com que um pouco de maquiagem e perfume seja possível fazê-lo ainda se passar por um humano vivo. Ele vive num aeroporto, juntamente com outros zumbis em diferente estados de decomposição, alguns chegando ao extremos de serem apenas esqueletos ambulantes. Juntos eles caçam (sim, este é o termo usado no livro), a caçada deles envolver sair para procurar sobreviventes e se alimentarem. Quando um zumbi ingeri um pedaço de cérebro, ele tem flashes de memórias vividas pela vítima, imergindo em suas lembranças. Durante uma de suas caçadas, R ataca e devora o cérebro de Perry, então namorado de Julie, uma garota amigável e que, no fundo, não teme os zumbis. R revive as lembranças de Perry que contam quase constantemente com a presença de Julie. Movido pelas emoções vividas de Perry, o zumbi sente que deve proteger a qualquer custo a garota. No decorrer da história, R e Julie, aos poucos, vão se apegando um ao outro, quebrando barreiras e desmoronando  o preconceito humano criado em relação aos zumbis, provando que é possível aceitar alguém com todas as suas diferenças. Devido a tolerância dela com ele, R vai recuperando sua humanidade.        

O livro não é grande, a leitura segue um ritmo deliciosamente agradável, não sendo de forma alguma cansativa. A história te prende do início ao fim, seja pelo fato de ser algo já visto com uma visão diferente ou pela ótima qualidade da escrita de Marion. Eu li o livro e um único dia de tão viciante que achei, abandonando qualquer preconceito que eu havia nutrido anteriormente, fui realmente surpreendido pela história e toda a genialidade do autor ao escrever sobre um assunto, com várias obras semelhantes, de uma forma diferente.  

Ponto forte: Isaac Marion torna fácil aceitar e perdoar os atos cometidos pelos zumbis, uma vez que eles são apenas vítimas de uma série de acontecimentos.  Criando, talvez, uma analogia com a nossa sociedade, ligando o fato aos dependentes químicos, vítimas do uso de entorpecentes. Outra boa analogia do livro é a que um simples ato como tolerância, amor, a destituição de preconceitos, é claramente capaz de, se não salvar, ao menos ajudar a melhorar o mundo.

Ponto fraco: O final da história acontece de forma um pouco corrida, ao meu ver, embora não prejudique em nada a conclusão do livro. Talvez achei isso porque queria ler mais e mais.
Notícia: E fique ligado porque o livro vai ser adaptado para o cinema, o filme deve chegar em Fevereiro nas telonas do EUA. Confira o trailer e cartaz do filme: 

                                             
                                              
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