Olá, leitores do Legado das Palavras!
Novamente o cinema e
literatura se misturam e a partir disto temos uma obra incrivelmente
apaixonante. Recentemente isso ocorreu ao ler O Clube do Filme, mas embora ele abordasse o cinema, tratava-se de
uma história não ficcional - mais precisamente, era um relato. Pois bem,
finalmente tirei o livro A Invenção de
Hugo Cabret do autor Brian Selznick, pulicado pela editora Edições Sm, da minha estante e
comecei a ler sem maiores pretensões.
Não consegui parar
antes da última página.
A história já era uma
velha conhecida graças a memorável adaptação cinematográfica, porém, quando uma
obra é realmente boa, ela irá te surpreender. Sempre. O livro tem uma leitura
leve e muito ágil que flui de vento em popa, algumas horas são suficientes para
termina-lo. Agilidade essa que sedeve ao fato da narrativa possuir belíssimas
ilustrações e fotografias. Sim, narrativa, afinal elas contam a história no
lugar do texto. Nada melhor que utilizar o velho clichê: uma imagem fala mais
que mil palavras. Os traços utilizados nas ilustrações são simples e feitos com
grafite, porém agregam à obra um valor singular. Confira algumas das
ilustrações:
clique para ampliar
Hugo Cabret é um garoto órfão que mora escondido nas paredes da estação
de trem e vive de realizar as devidas manutenções nos relógios da estação. Ele
guarda consigo um autômato quebrado, encontrado por seu pai e deixado a ele
após seu falecimento. Hugosobrevive roubando comida e suprimentos. Para conseguir
continuar o trabalho com o autômato de seu pai, ele furta ferramentas e peças
necessárias de uma loja de brinquedos da estação. Contudo, um dia, ele é
capturado pelo dono da loja, Georges, um homem amargo e enigmático. Georges não
entrega Hugo ao guarda da estação, porém, toma o caderno que era do pai do
garoto, que contém as informações e os estudos a cerca do autômato. Hugo, por
sua vez, o segue até sua casa na tentativa de recuperar o caderno de valor
imensurável, é quando ele conhece a afilhada de Georges, Isabelle, ela, ao
ouvir sua história, promete que irá ajudá-lo. E então uma aventura cheia
descobertas em relação a Georges se inicia.
Em A Invenção de Hugo Cabret autor faz uma bela homenagem a George Méliès, um dos homens mais
importantes na história da sétima arte, tido como o “pai dos efeitos
especiais”. Além da trama que envolve Hugo, viajamos até o passado do cinema,
aos seus primórdios, não há nada melhor para quem ama cinema conhecer mais
sobre a arte, afinal, amar cinema como um todo é amar até mesmo os primeiros
filmes, o cinema preto e branco, filmes mudos.
Nada mais justo que
deixar um espaço especialmente particular para o livro na estante, eu, como
cinéfilo de carteirinha e leitor assíduo, simplesmente tenho que admitir que
essa obra é uma mescla perfeita entre as duas artes, onde através de uma
homenageia e carrega o leitor até as memórias da outra.
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