Você não sabe o que é NaNoWriMo? Então continue lendo para
descobrir.
NaNoWriMo é a sigla, ou
abreviação, ou apelido, para National
Novel Writing Month (Mês Nacional de Escrever Livros) — embora atualmente
seja um projeto internacional, a abreviação continua a mesma, por todos já
estarem acostumados.
Criado por Chris Baty,
o projeto é nada mais que um desafio aos escritores participantes, para que
eles se aventurem a escrever um romance de 50.000 palavras durante o mês de
novembro.
Por conta do prazo,
relativamente curto, recomenda-se que os participantes apenas escrevam. Abandonando
o senso crítico e também deixando para revisar e reescrever futuramente.
Explorar a criatividade, o trabalho com prazos e, claro, tirar as ideias da
cabeça e jogá-las no papel, são os maiores objetivos do projeto.
Interessantes são os
incentivos que partem de escritor para escritor, afinal, não seremos loucos
exclusivos que adentrarão nessa jornada. Caso tenha se interessado em
participar, você pode visitar o site oficial, e, para
complementar, também pode acessar o grupo NaNoBrasil, no Facebook, e conhecer outros participantes.
Regras (texto emprestado lá no Supernovo (publicado em 2014):
1 - Escreva um romance de ficção com no mínimo 50 mil palavras do dia 01 ao dia 30 de novembro.
2 - Se for romance tá valendo. E romance não é uma história de amor, romance é um modo de narrativa de uma história longa e complexa. Isso significa que vale, por exemplo, fanfics e coletâneas de contos (desde que tenham um tema em comum) maaaas! não vale poesia, música, quadrinhos, tirinhas, bibliografias, auto-ajuda e etc.. Deu para entender o que é um romance de ficção né?
3 - Você não pode aproveitar coisas já escritas. Se será uma coletânia de contos não vale pegar um ou dois que escreveu quando era criança. Se será um livro original não vale pegar aqueles dois primeiros capítulos que você já começou no verão passado. Faz parte da experiência não só terminar em 30 dias, mas também começar, ou o efeito de “trabalho concluído” não será o mesmo.
4 - Só vale autoria única. Não rola dividir os contos com seu amiguinho, por exemplo, justamente pelos motivos no item acima. Lembre-se que você está aqui pela experiência e que lidar prazo é a ideia central da proposta.
Depois de ler Sobre a Escrita, do Stephen King, e Palavra Por Palavra, da Anne
Lamott, comecei a praticar algumas das dicas dadas por ambos os autores.
Coisas relativamente simples, mas que auxiliam bastante no ato de escrever.
Como o NaNo exige muita concentração para atingir a meta, um dos conselhos de
King é: escreva o primeiro rascunho com as portas fechadas. Evite ao máximo que
conversas externas, pessoas ou qualquer outra coisa afete o primeiro rascunho
da obra. Aliado a isso, utilizo algo que a Anne Lamott disse: antes das sessões
de escrita, ela tira alguns minutos para se desligar o mundo exterior, das coisas
do dia a dia, buscando foco total na história e em seus personagens.
O NaNo tem um ritmo alucinado, louco, e prazeroso. Nesse ano, estou conseguindo atingir as metas e criar uma história interessante
— estou perto da casa das 20.000 palavras em sete dias de projeto. Para mim, o melhor
tem sido manter a assiduidade. Até nos dias menos inspirados, consigo produzir acima de duas mil palavras. Essa,
aliás, é outra dica dada por Stephen King: tente manter um bom ritmo. Coloque uma meta de palavras diárias.
Outra coisa que ajudou
bastante foi construir uma estrutura prévia da história, uma espécie de
roteiro, mas sem muito aprofundamento (no meu caso). Como faço? É bem simples: anoto pontos chaves que devem acontecer dentro de tal capítulo e faço as ligações entre eles.
Em contrapartida, normalmente,
eu começo a história e não faço nada disso. Conforme escrevo, descubro, praticamente
junto com os personagens, o desenrolar da trama. É uma coisa que gosto muito de
fazer. Os dois jeitos são produtivos, e funcionam para mim. Dependendo da
história que quero contar, decido se faço uma estruturação ou não.
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