Olá, leitores do Legado das Palavras!
Se emocionar ao ler um
livro é extremamente normal, desejar um final diferente, onde todos sorriam e a
“vida” transcorra perfeitamente bem, também. Mas, e quando isso não acontece? E
quando o fim é melancólico e triste, além de totalmente fora do esperado? Nesse
caso, podemos apenas aceitar que alguns escritores sabem conduzir uma história
de tal forma que te faça sorrir, mesmo com o final não esperado e desprovido
daquela felicidade criada e almejada, durante a leitura, para o final do livro.
Se o final decepciona, a culpa é do autor. Caso satisfaça, a culpa também será
dele. Porém, o que acontece quando sorrimos e ficamos com os olhos marejados ao
terminar o último capítulo? De quem é a culpa? Bem, acredito que A Culpa é das Estrelas.
Sem mais delongas,
vamos às considerações sobre o livro A
Culpa é das Estrelas, do autor John
Green, publicado no Brasil pela editora Intrínseca.
Sorrir e chorar. Algo
que realmente acontece durante a leitura, Green é habilidoso na escolha das
palavras, constrói diálogos interessantes e, por narrar em primeira pessoa,
aproxima de modo excelente a personagem, Hazel Grace, do leitor. Aliás, Hazel é
o grande destaque do livro, mais que a doença, mais que o romance, mais que a
filosofia investida. Uma personagem apaixonante, desde as primeiras páginas até
a última. O.K. Às vezes ela se torna irritante, mas, por outro lado, isso
humaniza ainda mais Hazel. Mas ela não é a única, Augustus Waters, o Gus, é
outro personagem que fará os leitores repensarem muitos aspectos de suas vidas,
cheio de metáforas e tão filosófico quanto necessita ser, John Green oferece
diversão, alegria, melancolia e muita filosofia na história, através da jornada
deste dois personagens. Claro, não podemos nos esquecer do câncer.

Na trama, Hazel Grace é
uma paciente terminal que, mesmo lutando contra a doença, auxiliada pela
medicina, sabe o desfecho final de sua vida. O que ela nem poderia desconfiar é
que alguém entraria em sua vida para, literalmente, fazer a balança pender e
mudar sua história. Augustus Waters, o garoto que toda garota quer. Eles se
conhecem graças aos encontros do Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Ambos
irão completar as ausências de suas vidas em um romance inspirador, corajoso, irreverente e brutal.
John Green arrisca o
final de seu livro com uma reviravolta surpreendente, o que faz a diferença,
sem dúvidas. Ele consegue conduzir e alternar o tom da história de maneira
natural, sem forçar a barra. Em A Culpa é
das Estrelas, navegamos no cotidiano de pessoas com câncer, vemos como isso
afeta todos à sua volta. A palavra que melhor pode descrever a sensação após o
término do livro - tendo em mente que existem pessoas reais como Hazel e Gus -
é: Inspiração. O romance é inspirador, te faz ter vontade de viver e lutar mais
por seus objetivos. Este é um livro que mostra o porque da Literatura Jovem
estar se expandindo para públicos distintos com tamanha eficiência.
Assim como o final de Uma Aflição Imperial, romance por qual a
personagem Hazel é apaixonada, o fim de A
Culpa é das Estrelas é inesperado, contudo, você já sabe qual o desfecho,
foi dito desde o início, o que realmente importa é a jornada. O fim te faz
sorrir enquanto lacrimeja. Faz você pensar e repensar. A história insiste em
retumbar na nossa mente. Faz você querer mais. Mas satisfaz.
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