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Legado das Palavras: Eu No Cinema: Vingadores: A Era de Ultron

Eu No Cinema: Vingadores: A Era de Ultron

By | 15:49:00 Deixe um comentáro


Há quase três anos, chegava aos cinemas o primeiro longa que reuniria alguns dos mais poderosos heróis da Marvel, obviamente, são eles: os Vingadores. Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Hulk (Mark Ruffalo) encontraram em Loki, seu primeiro desafio como uma equipe. Após o pontapé inicial, no último dia 23, a casa das ideias deu o segundo passo utilizando sua superequipe, trazendo para os cinemas o filme Vingadores: A Era de Ultron.
A projeção se inicia com uma introdução repleta de ação, daquelas que não faltam tiros, porradaria e, claro, o Hulk esmagando inimigos. O tempo de tela e a movimentação de cada personagem são bem delimitados, Joss Whedon consegue mostrar, em meio à batalha, a importância de cada herói. Isso fica ainda mais claro na empolgante batalha contra o exército de Ultrons.
A direção de Whedon é cuidadosa e competente, assim como o roteiro. Esse último caminha bem durante quase todo o filme. A história mantém-se coesa e com timing perfeito, principalmente em seu aspecto mais cômico, e também se preocupa em dar profundidade para personagens como o Gavião Arqueiro e Viúva Negra – o que é interessante, uma vez que eles não possuam seus próprios filmes.  
Segundos filmes de trilogias ou quadrilogias, possuem a difícil missão de não passar a impressão de estarmos assistindo algo sem inicio e sem fim. Vingadores: A Era de Ultron, consegue inibir essa sensação, ao menos minimizá-la, entretanto, ao final, fica claro que se trata de um de prólogo para a grande cartada da Marvel, já citando a Guerra Infinita. O filme é extremamente competente em ganhar a empatia e a atenção do espectador, grudando-o nas poltronas com seus ótimos efeitos especiais e combates mirabolantes – o embate entre o Homem de Ferro e Hulk deixa em frenesi.  



O descuido do roteiro, que sequer interfere em sua construção narrativa, vem na criação acelerada do vilão Ultron (James Spader), embora sem pedantismo, o nascimento do robô poderia ter sido explorado de modo mais eficaz, uma vez que engloba um tema que gera certa discussão: a inteligência artificial. Outro pequeno deslize é a motivação dos irmãos Wanda e Pietro Maximoff (Elizabeth Olsen e Aaron Johnson, respectivamente) que mesmo sendo plausível, é rasa. Se levarmos em consideração a criação deles nesse filme (já que a Marvel não podia utilizar o termo mutante, pertencente à Fox), a construção de ambos torna-se ainda mais superficial.  
Contudo, Wanda e Pietro são personagens importantes para o desenvolvimento da trama e também trazem novos ares (digo, poderes) à franquia. Por falar em novo, a chegada do Visão (Paul Bettany) é incrível, aqui, ocorre o contrario ao gêmeos: ele é bem construído e desenvolvido, mas em compensação, suas habilidades, apesar de serem usadas, permanecem um pouco incógnitas. Além das novas caras, velhos (nem tão velhos assim) conhecidos fazem diversas participações especiais: Falcão (Anthony Mackie), Agente Carter (Hayley Atwell), Heimdall (Idris Elba), Dr. Erik Selvig (Stelan Skarsgård), Maria Hill (Cobie Smulders), Máquina de Combate (Don Cheadle), Nick Fury (Samuel L. Jackson) e Dr. Ulisse Klaw (Andy Serkis), personagem que provavelmente terá alguma ligação com o filme do Pantera Negra.



Ultron é um tanto filosófico. Seus princípios de paz são extremos, chegando ao ápice de, caso necessário, exterminar a raça humana para salvá-la – o que rende uma piada excelente referenciando Noé. O design e os efeitos que lhe dão vida nas telas é meticuloso, tanto que a máquina até mesmo movimenta seus lábios artificiais enquanto fala. A escada de ótimos vilões que começou com Loki, sobe mais um degrau, agora, com Ultron e esperamos que continue com Thanos.



Mais uma vez Joss Whedon soube com maestria criar um filme que agrade os fãs dos quadrinhos, mas capaz de ganhar novos adeptos ao cinema de super-heróis. Quando os créditos (e o pós-crédito, claro) sobem, temos a sensação de expectativa saciada e, ao mesmo tempo, a ansiedade já se espalha em nós, principalmente sabendo o que vem pela frente.
Vá ao cinema, pois a diversão é garantida.  


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