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Legado das Palavras: Na Estante - Resenha - A Cabana

Na Estante - Resenha - A Cabana

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Olá, leitores do Legado das Palavras. Hoje vou falar sobre um excelente livro chamado A Cabana  (The Shack), do autor Willian P. Young, foi publicado em 2007, mas chegou no Brasil em 2008 pela editora Sextante. Uma história repleta de fé, crença, descrença, assassinato e muita emoção. Então, sem mais delongas, vamos ao que interessa.

 "Se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar o nosso sofrimento?"

Mack Allen Phillips se faz essa pergunta quando, repentinamente, sua vida tornou-se algo doloroso e solitário no momento em que uma de suas filhas, a caçula Missy, é sequestrada durante um passeio em que ele havia levado as crianças. Há uma chocante suspeita que ela tenha sido brutalmente assassinada, onde fora encontrado seu vestido ensanguentado e rasgado. A garotinha não é encontrada, nem ao menos o corpo para que se possa ter certeza do que ocorreu. Transcorrem três longos anos e meio, tempo esse que submergiu Mack em uma dor e culpa tão profundas - batizadas de Grande Tristeza - fazendo-o chegar ao ponto de se revoltar com Deus. Um dia, contudo, ele recebe inesperadamente um bilhete em sua caixa de correio, aparentemente assinado por Deus, convidando-o para retornar a cabana por um fim de semana. Como pode um homem que se culpa por tal acontecimento retornar ao local  onde residem seus piores medos, lembranças e pesadelos? - o suposto assassinato de sua pequena garota, o assassino impune, a culpa que o consome o seu ser por acreditar que jamais deveria ter saído de perto dela.

O arco principal da história não se fecha exclusivamente num pai que toma para si a culpa pelo assassinato da filha, mas, também, transcorre em seu retorno a cabana e seu inesperado encontro com a Santíssima Trindade. Neste momento, Mack levanta todas as suas dúvidas e golpeia-os com sua avalanche de questionamentos, acerca da morte de Missy. O história segue um rumo comovente quando a Santíssima Trindade está disposta a ajudar o pai aflito a entender porque as coisas aconteceram daquela forma, e, especialmente, porque Deus não interferiu na morte de sua pequena Missy.  Deus, Jesus e o Espírito Santo são apresentados de uma forma totalmente disforme de como é pregado que sejam, e este é um dos pontos fortes da história do autor Willian P. Young; como se ele houvesse mudado a capa de um álbum musical adorado por muitos, mas sem abalar o conteúdo das músicas. 

O livro desperta muitos sentimentos no leitor, não sendo raro que ele chegue até a abandonar a leitura, que além de massiva, causa uma certa revolta, embora até certa parte. O final digo é magistral, confuso, surpreendente, é um verdadeiro turbilhão de sensações que irão deixar o leitor absorto em pensamentos.  

Pontos fortes: A profundidade da história - sim, qualquer pai teria feito o mesmo que Mack? Mesmo com a presença de Deus? Independentemente da sua religião, a crença e fé do livro resulta numa história comovente. 

Pontos fracos: Leitura extremamente massiva, pesada, cansativa. Apesar de suas 232 páginas, leia o livro apenas se estiver com algum interesse na história - como eu estive -, e não feche sua mente aos acontecimentos do livros, caso contrário não passará da metade de leitura. 

Apesar de algo negativo na resenha, a intenção das minhas resenhas é apenas difundir obras nas quais eu tenha gostado. Porém, como dito acima, não vou recomendar para que leiam ou não, a vontade desta leitura tem que ser desperta em vocês de forma natural, e não simplesmente pegar o livro e tentar atravessar suas páginas apenas.  

"...Todos nós, falhos, que acreditamos que o amor governa. Levantemo-nos e deixemos que ele brilhe." 
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