Olá, leitores do Legado das Palavras. Espero que todos
tenham tido ótimas festas e que esse novo ano seja cheio de alegrias e
perseveranças para todos nós. Como prometido, continuarei a trilogia de
resenhas dos livros do autor Leonel
Caldela, semana passada tivemos a resenha de O Inimigo do Mundo. Hoje, obviamente, resenharei o segundo livro da
Trilogia Tormenta, intitulado O Crânio e o Corvo. É o segundo romance
ambientado no cenário de Tormenta, no mundo de Arton e dá sequência aos
acontecimentos narrados no livro anterior. O livro foi publicado pela editora Jambô e possuí 512 páginas.
Desta vez escolhi
colocar aqui a sinopse oficial do livro, para evitar spoilers, uma vez que
terei de dar um logo abaixo:
“Mas intriga e traição infestam os reinos, enquanto muitos trocam sua
própria humanidade pelo poder macabro oferecido pelos invasores. Heróis em uma
batalha desesperada contra um inimigo além da compreensão. Vida e morte. Dia e
noite. Bem e mal. Ordem e caos. Se a Tormenta vencer, nada disso restará.”
Dez anos após os
eventos narrados no primeiro livro, estamos novamente no mundo de Arton.
Entretanto, dessa vez, com outros personagens como protagonistas, dentre eles,
Sir Orion Drake, um poderoso cavaleiro da Ordem da Luz, devoto do deus da
justiça, Khalmyr; Orion Drake, se devota a encontrar e destruir seu próprio
pai, conhecido como O Cavaleiro Risonho.
Ao longo do livro as motivações e o porque sobre ele ir em busca do fratricídio.
Orion é o melhor personagem criado por Caldela em toda a trilogia, cada momento
de sua história contada pelo autor somente vem a agregar valores e admiração ao
personagem que, além de tudo, é cativante e tem êxito em prender a atenção do
leitor.
O antagonista, contrario a tudo que o
cavaleiro representa, é apresentado como um temível vilão conhecido pela
alcunha de Crânio Negro, um mercenário
poderoso e, segundo dizem, imortal, mesmo sendo por muitas vezes mortalmente
ferido, ele tornava a se levantar. O que poucos sabem, no entanto, é que esse
ser nefasto trata-se de um servo fiél aos demoníacos Lordes da Tormenta. Personagem muito conhecido para quem já
conhecia o cenário pelo RPG. O personagem é muito bem desenvolvido ao longo da
trama, apesar de ser vilão, é impossível não gostar do personagem.
E o mundo tem suas
estruturas abaladas quando os caminhos destes dois personagens se cruzam.
[SPOILER]
Queria evitar o spoiler,
mas para a continuação da resenha ele é extremamente vital.
Ao final do livro O Inimigo do Mundo, os heróis trazem
algo pavoroso e destrutivo ao mundo de Arton. Algo que, se não for detido, irá
obliterar toda e qualquer forma de vida em Arton. Uma tempestade de rubra, que
traz consigo loucura e morte. Algo infernal.
Após, esse pequeno
spoiler, podemos dar continuidade à resenha.
Outro tantos personagens
memoráveis merecem ser citados, personagens fundamentais para o discorrer da
trama e para a conclusão final, além do autor ter o dom para criar personagens
tão humanizados, mas capazes de atingir (e ir além) de suas forças. Caldela também
tem o dom de criar coadjuvantes tão apaixonantes quanto os protagonistas entre
eles podemos citar, Trebane, um centauro
druida amigos de Orion; Ingram Brassbones, um anão pistoleiro, um dos personagens mais
cativantes; temos velhos conhecidos do livro anterior, os personagens Ashlen
Ironsmith, Artorius o
minotauro, e o mago Rufus. Zebediah Nash, médico de Salistick, tido como o reino sem
deuses. Vincent e Darien, dois bandoleiros
que vão de pobres irresponsáveis ao centro dos acontecimentos principais.
E (na minha opinião) a melhor coadjuvante, Vanessa
Drake, esposa de Orion e Clériga de Keen, o deus da Guerra. Uma mulher determinada e
poderosa, capaz de aguentar coisas terríveis para alcançar o seus
objetivos, além de jamais abandona o esposo. Prestem muita atenção nesta
personagem quando lerem o livro e entenderão.
Leonel Caldela não
decepciona na continuação de sua trilogia, e em seu segundo romance escrito, o
eleva a um grau superior. Caldela em seu primeiro romance veio arrebatador, já no
segundo é impossível não se render ao seu estilo e descrição, além de conduzir
o enredo de modo cativante. A trama é eletrizante e surpreendente, mas de uma
forma nada clichê. O Crânio e o Corvo merece ser apreciado e o autor merece todo o
crédito recebido. Considero este o melhor livro da trilogia. Em breve a resenha
de O Terceiro Deus, último livro da Trilogia Tormenta.
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