Olá, leitores do Legado das Palavras. Espero, do fundo
de meu coração, que todos tenham tido um excelente natal e que isso se prospere
por todo o ano que chegará em breve. Bom, hoje vou iniciar uma trilogia de
resenhas, sobre uma trilogia literária que, sem dúvidas, é uma das mais
marcantes em minha vida e tem um espaço cativo em meu coração. Além da história
que, indubitavelmente, é apaixonante, cativante e, ao meu ver, uma das obras
nacionais mais proeminentes do gênero de fantasia; tanto que usarei parte
de um comentário do mestre Stephen King:
“[...] Destaca-se entre outras histórias do
gênero como uma montanha no meio de uma planície.”
O livro em pauta é mais uma obra do querido autor Leonel Caldela. Escritor cujo já
resenhei duas de suas obras, O Caçador de Apóstolos e Deus Máquina. Caldela,
até o momento, em todas as suas obras lançadas, é sinônimo de uma excelente
história com um enredo de tirar o fôlego e personagens tão cativantes que é
impossível esquecê-los após a leitura. A obra alvo desta resenha é O Inimigo do Mundo, que faz parte da Trilogia Tormenta. Publicado pela editora Jambô e possui 464 páginas.
Tormenta,
para
quem não sabe, é um cenário (e um sistema) de RPG nacional. Onde Arton, um mundo medieval, abarrotado de
tesouros, dragões-reis, deuses, guerras e uma vastidão de raças e aventuras
épicas, que esperam os jogadores ávidos por diversão e desafios. Há muito sou
apaixonado pelo jogo, fã confesso do cenário, logo, fã confesso dos livros de
Leonel Caldela que foram ambientados neste cenário já tão amado e vívido por
mim. Sem mais delongas, vamos ao que interessa.
O primeiro sangue é derramado.
Na trama, somos apresentados a Glórienn, Deusa dos Elfos, que está
consternada e embravecida, por um único motivo: A destruição e quase total
aniquilação de sua raça e do reino deles, Lenórienn. A Deusa abatida vaga e implora a alguma ajuda
entre os seus iguais para lhe ajudarem em sua vingança. Tudo tem uma forte
ligação com a vinda da Tormenta, tempestades de ácidos e morte, que onde ela
paira os demônios trazidos por ela pregam a destruição.
Paralelo a essa história ligada aos
Deuses Artonianos, após um terrível massacre que dizimou uma família inteira e
os relatos de um homem sinistro e infame
perambulando pelo Reinado, levando consigo morte e desgraça a todo local por
onde passa. Para deter esse mal um grupo de aventureiros segue no encalço do
terrível assassino, ao todo são nove heróis dos mais variados poderes e
conhecimentos, unindo suas forças para caçar aquele conhecido como O Albino. Cada
vitória e cada derrota podem selar o destino do mundo conhecido e trazer sua
destruição total.
E cada Deus em seu
respectivo lar, movimentam suas peças, brincando com o futuro de Arton.
O Inimigo do mundo é o primeiro
romance oficial baseado no cenário de Tormenta, é, também, o romance no qual
Caldela foi chamado de “o Bernard Cornwell brasileiro”, se merece a comparação?
Sem dúvidas. Um livro ágil e inteligente, um enredo, até começar a ler, que
mostrava-se uma simples aventura de aventureiros contra algum mal
imprescindível para um aventura épica. Contudo, isto é apenas uma parte (talvez
a menor delas), as reviravoltas e descobertas no decorrer da história são
capazes de prender o leitor de forma aprazível. E surpreendente. Sim, o livro
é. Eu esperava apenas uma aventura ligada ao cenário no qual eu jogava RPG,
entretanto veio mais, muito mais, personagens marcantes - amáveis e odiáveis -,
amor, intriga, inveja, drama, vingança...tudo em uma única história, que além
de tudo, para os jogadores de RPG familiarizados com o cenário, trouxera
respostas ao maior mal de todos no mundo de Arton; a história pode ser retirada
do livro e aplicada ao jogo, é algo complementar.
Leonel Caldela escreve
de um modo agressivo, retratando (como poucos) a crueldade existente em
romances. Já falei bastante sobre a habilidade e a escrita do autor nas
resenhas anteriores de outras obras, mas não posso nunca deixar de congratular
o autor pelo estilo de escrita e a forma como ele desenrola o enredo, capaz de
nos prender e transportar para dentro de suas histórias de um modo fantástico.
Minha considerações
finais são: Leia o livro, deguste a obra, cada palavra, cada página, cada
personagem. É um verdadeiro deleite literário. E, um é pouco, dois é bom, três
é excelente. Nas próximas resenhas falarei sobre as continuações de O Inimigo
do Mundo, intituladas, O Crânio e o
Corvo e O Terceiro Deus. Até lá.
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