Image Map
Legado das Palavras: Na Estante - Resenha - O Inimigo do Mundo

Na Estante - Resenha - O Inimigo do Mundo

By | 05:47:00 Deixe um comentáro



Olá, leitores do Legado das Palavras. Espero, do fundo de meu coração, que todos tenham tido um excelente natal e que isso se prospere por todo o ano que chegará em breve. Bom, hoje vou iniciar uma trilogia de resenhas, sobre uma trilogia literária que, sem dúvidas, é uma das mais marcantes em minha vida e tem um espaço cativo em meu coração. Além da história que, indubitavelmente, é apaixonante, cativante e, ao meu ver, uma das obras nacionais mais proeminentes do gênero de fantasia; tanto que usarei parte de  um comentário do mestre Stephen King:

“[...] Destaca-se entre outras histórias do gênero como uma montanha no meio de uma planície.”

O livro em pauta é mais uma obra do querido autor Leonel Caldela. Escritor cujo já resenhei duas de suas obras, O Caçador de Apóstolos e Deus Máquina. Caldela, até o momento, em todas as suas obras lançadas, é sinônimo de uma excelente história com um enredo de tirar o fôlego e personagens tão cativantes que é impossível esquecê-los após a leitura. A obra alvo desta resenha é O Inimigo do Mundo, que faz parte da Trilogia Tormenta. Publicado pela editora Jambô e possui 464 páginas.

Tormenta, para quem não sabe, é um cenário (e um sistema) de RPG nacional. Onde Arton, um mundo medieval, abarrotado de tesouros, dragões-reis, deuses, guerras e uma vastidão de raças e aventuras épicas, que esperam os jogadores ávidos por diversão e desafios. Há muito sou apaixonado pelo jogo, fã confesso do cenário, logo, fã confesso dos livros de Leonel Caldela que foram ambientados neste cenário já tão amado e vívido por mim. Sem mais delongas, vamos ao que interessa.

O primeiro sangue é derramado.

Na trama,  somos apresentados a Glórienn, Deusa dos Elfos, que está consternada e embravecida, por um único motivo: A destruição e quase total aniquilação de sua raça e do reino deles, Lenórienn.  A Deusa abatida vaga e implora a alguma ajuda entre os seus iguais para lhe ajudarem em sua vingança. Tudo tem uma forte ligação com a vinda da Tormenta, tempestades de ácidos e morte, que onde ela paira os demônios trazidos por ela pregam a destruição.
Paralelo a essa história ligada aos Deuses Artonianos, após um terrível massacre que dizimou uma família inteira e os relatos de um homem sinistro e infame perambulando pelo Reinado, levando consigo morte e desgraça a todo local por onde passa. Para deter esse mal um grupo de aventureiros segue no encalço do terrível assassino, ao todo são nove heróis dos mais variados poderes e conhecimentos, unindo suas forças para caçar aquele conhecido como O Albino. Cada vitória e cada derrota podem selar o destino do mundo conhecido e trazer sua destruição total.
E cada Deus em seu respectivo lar, movimentam suas peças, brincando com o futuro de Arton.

O Inimigo do mundo é o primeiro romance oficial baseado no cenário de Tormenta, é, também, o romance no qual Caldela foi chamado de “o Bernard Cornwell brasileiro”, se merece a comparação? Sem dúvidas. Um livro ágil e inteligente, um enredo, até começar a ler, que mostrava-se uma simples aventura de aventureiros contra algum mal imprescindível para um aventura épica. Contudo, isto é apenas uma parte (talvez a menor delas), as reviravoltas e descobertas no decorrer da história são capazes de prender o leitor de forma aprazível. E surpreendente. Sim, o livro é. Eu esperava apenas uma aventura ligada ao cenário no qual eu jogava RPG, entretanto veio mais, muito mais, personagens marcantes - amáveis e odiáveis -, amor, intriga, inveja, drama, vingança...tudo em uma única história, que além de tudo, para os jogadores de RPG familiarizados com o cenário, trouxera respostas ao maior mal de todos no mundo de Arton; a história pode ser retirada do livro e aplicada ao jogo, é algo complementar.

Leonel Caldela escreve de um modo agressivo, retratando (como poucos) a crueldade existente em romances. Já falei bastante sobre a habilidade e a escrita do autor nas resenhas anteriores de outras obras, mas não posso nunca deixar de congratular o autor pelo estilo de escrita e a forma como ele desenrola o enredo, capaz de nos prender e transportar para dentro de suas histórias de um modo fantástico.

Minha considerações finais são: Leia o livro, deguste a obra, cada palavra, cada página, cada personagem. É um verdadeiro deleite literário. E, um é pouco, dois é bom, três é excelente. Nas próximas resenhas falarei sobre as continuações de O Inimigo do Mundo, intituladas, O Crânio e o Corvo e O Terceiro Deus. Até lá.           
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

0 comentários: