Olá, leitores do Legado das Palavras. Hoje finalizo as
resenhas da Trilogia Tormenta, do
autor Leonel Caldela. Vocês podem
conferir as resenhas de O Inimigo do
Mundo e O Crânio e o Corvo, assim
como podem ler também as resenhas de outros dois livros do autor da série As Profecias de Urag, intitulados O Caçador de Apóstolos e Deus Máquina. Então, sem mais delongas
vamos ao que interessa.
Creio que a essa altura
todos vocês já saibam da minha admiração pelos trabalhos de Caldela. O estilo
da escrita, o desenvolvimento do enredo, além do dom que ele possui para criar
personagens tão cativantes e tão odiosos. E no livro O Terceiro Deus, último da Trilogia Tormenta, não poderia ser
diferente. Também publicado pela editora Jambô,
este é o maior dos três, possui 664 páginas.
Na conclusão da
trilogia, a tempestade rubra, conhecida como tormenta, desfere golpes ferozes
em Arton. A história dá sequência direta aos acontecimentos do livro anterior, Sir
Orion Drake parte em busca de recupera o seu primeiro filho recém nascido e para
isso ele não poupa esforços. A criança está nas mãos do infame Crânio Negro, o
mercenário mais amedrontador de todos, servo dos terríveis Lordes da Tormenta,
demônios vindos com a tempestade de outra realidade, e a sua única intenção é
destruir o mundo conhecido.
Orion, percebendo o
estado atual do seu mundo - e em busca do vilão Crânio Negro -, decidem
finalmente, encarar o inimigo vindo de outra existência em sua própria casa.
Segue-se então uma grande campanha de alistamento, de homens e deuses, ele
marcha em direção ao reino de Tamu-ra, o primeiro reino a ser devastado com a
chegada da tormenta uma década atrás. E lá ele e seus companheiros descobrirão
que nada pode vencer a tormenta.
Exceto
o Terceiro.
É difícil, mas tenho
que dizer que este livro não supriu totalmente minhas expectativas, em relação
às magnificas obras anteriores, contudo, não digo que o livro é ruim; afinal,
trata-se do desfecho final da trilogia, revelações esmagadores, reviravoltas
inesperadas, o livro é épico em larga escala. Acho que o enredo que vai
fechando todas as pontas soltas e concluindo a história deixa menos tempo para
o ritmo frenético presente nos dois primeiros livros. Entretanto, indubitavelmente, o livro me deixou com um
sorriso enorme quando terminei ler, pois, trata-se do cenário de RPG que eu
mais gosto. Então, não sei se demais leitores, aqueles que não conheciam o
cenário previamente, poderão se apaixonar tanto pelos livros. Mas se eu puder
opinar digo procurem ler e pesquisar um pouco sobre o cenário de RPG, tenho
total certeza que a história ficará cada vez mais rica e apaixonante.
E pra você que ficou em
dúvida sobre o que ou quem é o Terceiro, vai
aqui um SPOILER:
Ele é um dos deuses
mais poderosos de todos os existentes e cultuados em Arton.
Muitos dos personagens
que cativam o leitor desde o primeiro livro estão presente nesta conclusão,
outro novos são agregados e bem trabalhados para serem então encaminhados ao
desfecho final. A escrita de Caldela
permanece a mesma, até mesmo um pouco mais avançada e mais técnica ainda.
Embora o livro seja um pouco inferior que O
Inimigo do Mundo e O Crânio e o
Corvo, cumpre excelentemente bem, podemos assim dizer, o papel de dar um
fim digno à esta incrível obra da literatura nacional.
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