Olá, leitores e leitoras do Legado das Palavras!
Comecei minha jornada entre os grandes clássicos da literatura mundial, a primeira obra escolhida para leitura foi A Metamorfose (Die Verwandlung em alemão) do escritor Franz Kafka. Publicada pela primeira vez em meados de 1915, a edição que possui, foi publicada pela editora Companhia das Letras e possuí 96 páginas. Embora não seja sua obra-prima, tornou-se o escrito mais conhecido, difundido e estudado do autor. E, pasme, a obra foi escrita em apenas 20 dias.
A Metamorfose, numa primeira impressão ou quando você conta a sinopse para um amigo, pode parecer algo burlesco. Confesso que até mesmo eu, antes de ler, tinha alguma dúvida sobre a qualidade do texto, contudo, ao finalizar a leitura não consegui deixar de pensar nas mensagens de solidão, amor, afeto, até mesmo algo sobre desânimo em relação a vida e, principalmente, sobre fazer o que não deseja estar fazendo. Trabalhar em algo que não é verdadeiramente o que se deseja.

A Metamorfose também faz algumas alusões em relação as fraquezas humanas ante a pressão social, isso fica claramente exposto, como já observado por muitas pessoas que leram a obra, quando Gregor tenta realizar ações rotineiras como caminhar e descer da cama. Isso é uma alusão a como a sociedade restringe as pessoas, pelo que ela produz e por sua aparência. A busca por adequação e o amor servil, acabam trazendo a Gregor - e a todos nós de certa forma - exatamente o oposto que ele busca. Atrapalha seu trabalho e sua família. A solidão, incompreensão do mundo e tristeza resultantes da dessa busca por adquação à sociedade, cria uma processo de animalização. Talvez, seja isso que Kafka queira nos dizer. Após muito ler e pesquisar sobre a obra, acho que é exatamente isso.
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