Olá, leitores do Legado das Palavras!
Continuando a trilogia de resenhas que
foi iniciada na semana passada com o livro Jogos
Vorazes, da autora Suzanne Collins, o
livro em pauta hoje é a sequência intitulada Em Chamas, lançado em 2011 pela editora Rocco. Pego de surpresa
pelo primeiro livro, continuei a leitura da obra que para minha plena
felicidade fica ainda melhor.
Sem mais delongas, vamos ao que
interessa.
AVISO: CONTÉM SPOILERS
Ligação direta - e sem enrolações - com
o livro anterior, a sequência da história de Katniss Everdeen chega ainda mais
poderosa e louvável. A qualidade na narrativa melhora ainda mais em relação ao
livro anterior, mas não somente isso, surgem novos personagens coadjuvantes que
fazem a diferença e caem no gosto dos leitores, personagens interessantes, bem
construídos e que se encaixam perfeitamente na história.
Para compreender bem os eventos de Em Chamas precisaremos retornar ao final
do primeiro livro, assim, consequentemente, precisaremos retornar ao final
deste livro para falar sobre o último da trilogia, A Esperança, portanto haverá algo que possa ser levado como spoiler, então se você é daqueles que não gosta de ler comentários sobre o final de algum livro, aconselho que não continue com a leitura da resenha.
Siga por sua conta e risco. Mas se já assistiu o filme ou leu o primeiro livro me acompanhe!
O primeiro livro termina com um ato
ousado de Katniss (Kat) que envolve Peeta para ambos conseguirem serem os
vitoriosos da 74ª edição dos Jogos Vorazes. Outras atitudes dela na arena
também impulsionaram um levante em vários pontos de Panem, o que, obviamente, a
Capital não gostou nenhum pouco. Kat e Peeta retornam ao distrito 12 e passam a
viver na área destinada aos vitoriosos. Tudo vai bem até o dia em que o
presidente Snow faz uma visita nada agradável à Kat. Ele deixa claro o seu
descontentamento pela atitude dela na arena e que esse ato gerou levantes em
vários distritos. A única saída para acalmar a população é Kat admitir que fez
o que fez nos jogos por amor a Peeta. Assim, é proposto um casamento entre
eles.
Durante turnê feita pelos vencedores que
visitam todos os distritos, ocorrem muitas confusões e atos inaceitáveis aos
olhos de Katniss e da Capital. O presidente Snow, então, anuncia os Jogos
Quaternários, uma edição especial dos Jogos Vorazes que ocorre a cada 25 anos.
Para essa edição ele convoca os últimos 24 vencedores dos Jogos para
participarem desta edição.
Snow mal pode desconfiar do que está se
passando “debaixo dos panos”, sua atitude causa ainda mais revoltas nos
distritos e encaminha Panem para uma nova revolução, além de um segredo que abalará os pilares dos doze distritos.
Bom, a narrativa continua igualmente boa
- ou até melhor - do que no primeiro livro. Os grandes pontos altos dessa
continuação são, sem dúvidas, a história e os novos personagens apresentados.
Finnick desponta como o melhor, até mesmo mais legal que Peeta e Gale.
As reviravoltas do livro também merecem
atenção, a autora não tem medo de ser ousada e é muito competente em criar
situações que parecem sem saídas, logo, para aplicar uma reviravolta de tirar o
fôlego e deixar o leitor clamando por mais. Pequenos pontos isolados ao longo
do livro ganham sua importante partícula de importância no desfecho de Em Chamas. E, por falar em desfecho, é
simplesmente incrível.
Um trecho genial do livro é quando Kat está em um entrevista com um vestido de noiva e ao girar para apresentar a vestimenta, o traje entra 'em chamas' e a deixa vestida com o traje que ficará conhecido como Tordo.
Estar novamente dentro da arena, sob circunstâncias tão revoltantes, toca muito o leitor, grande parte por reviver todo o drama - em uma escala ainda maior - do que se passou no primeiro livro. Além disso, outro fato importante que deve ressaltado, é a nova arena. A descrição sobre ela é excelente, sua funcionalidade é mortalmente bem pensada, uma ótima novidade.
Volto a dizer que entre muitas séries YA que surgiram, creio que a trilogia
escrita por Suzanne Collins tem o seu lugar especial entre uma das melhores.
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